BARATA-DE-ESGOTO - (Periplaneta americana)
A Periplaneta americana também denominada de barata grande, barata voadora, barata-de-esgoto, é uma das espécies domésticas mais comuns no Brasil.
Ela pode ser classificada conforme a seguir:
As baratas americanas podem viver em grandes grupos sobre paredes nuas, desde que não haja perigo ou distúrbios constantes, como predadores naturais ou outros riscos (limpeza, etc.). No entanto, normalmente apresentam um comportamento mais tímido, vivendo em ambientes mais reclusos e maiores, uma vez que se tratam de insetos grandes, que não podem se esconder em qualquer lugar.
Normalmente, a barata americana deposita a ooteca em um lugar seguro (abrigo) próximo de uma fonte de alimento e numa inspeção, lugares como rodapés, rachaduras, cantos e frestas, ralos, caixas de gordura, etc, devem ser inspecionados para avaliar o grau de infestação desta praga.
Os locais preferidos para os adultos se estabelecerem são os esgotos, as canaletas de cabos, as caixas de inspeção, as galerias de águas pluviais, as tubulações elétricas. Aparecem também em áreas pouco freqüentadas por pessoas como os arquivos e depósitos em geral, principalmente onde haja abundância de papelão corrugado, seu esconderijo preferido.
BIOLOGIA
Baratas são insetos de corpo ovalar e deprimido. Seu tamanho pode variar de alguns milímetros a quase 10 centímetros, tendo em geral coloração parda, marrom ou negra. Existem, no entanto, espécies coloridas.
O formato e o tamanho variam dependendo da espécie, sendo que, genericamente podemos dizer que:
COMPORTAMENTO
Baratas são animais de hábitos noturnos, sendo mais ativas à noite, quando saem do abrigo para alimentação, cópula, oviposição, dispersão, vôo.
O hábito noturno das baratas pode ser explicado através do mecanismo de seleção natural. Durante sua evolução as baratas que se mantinham ativas à noite sobreviviam, ao contrário daquelas que tinham hábitos diurnos. Estes insetos passaram assim a predominar no ambiente, transmitindo a seus descendentes este comportamento chamado de fototropismo negativo, significando que elas procuram sempre a escuridão ao invés da luz.
Durante o dia ficam abrigadas da luz e da presença de pessoas, algumas condições especiais contribuem para o seu aparecimento diurno, tais como:
Embora não sejam animais sociais, como as abelhas, cupins e formigas, as baratas são gregárias, sendo comum ocorrerem em grupos.
REPRODUÇÃO
As baratas são insetos hemimetábolos, ou seja, apresentam metamorfose gradual ou parcial (simples) em três estágios: ovo, ninfa e adulto.
Fêmea produz uma capsula protetora dos ovos (ooteca), em forma de bolsa fechada, a qual contém duas fileiras de ovos justapostas e separadas por uma membrana. O número de ovos varia com a espécie podendo variar de 4 a 50 ovos.
A ooteca é colocada, pela maioria das espécies, em um lugar seguro, próximo à uma fonte de alimentos, cerca de dois dias após sua formação.
As próprias ninfas rompem a ooteca.
As formas jovens (ninfas) se parecem-se com as adultas, menos por:
Nota: Após a muda, durante um período de aproximadamente 24 horas, as ninfas permanecem com uma aparência esbranquiçada até que o novo esqueleto adquira o enrijecimento original. Durante esta fase, as baratas estão sujeitas ao ataque da própria espécie e ao canibalismo.
O ciclo de desenvolvimento da barata, do ovo à fase adulta, depende de fatores como:
As espécies de baratas mais comuns em domicílios são:
Alguns autores consideram as quatro primeiras apenas como baratas domésticas. As mais comuns no Brasil são a Barata alemã Blatella germanica e a Barata-de-Esgoto Periplaneta americana.
Fonte: Pragas Online